sábado, 31 de dezembro de 2016

Uma campanha ambientalmente nociva para encerrar 2016 - promovida pelo Banco do Brasil!


2016 não foi um ano fácil... Diversos avanços obtidos nas últimas décadas - e dados como garantidos - foram sacrificados. E não só no Brasil. Com as bases abaladas, ficou difícil ter alguma visão de futuro.

Ironicamente, a campanha de final de ano do Banco do Brasil soa perfeita neste cenário: é uma "árvore de luz" formada por canhões de luz Xenon que podem alcançar até 5 km de altura, instalada no edifício do Banco do Brasil em Brasília e em São Paulo, na Avenida Paulista. Além do óbvio desperdício de energia elétrica (que é você quem paga, contribuinte...), a "comemoração" é uma arma mortal para várias espécies e, em maior grau, para pássaros e insetos.

A mortal "comemoração" de fim de ano do Banco do Brasil, em Brasília. Imagem do Correio Braziliense.


A tal "árvore", que assombrará os céus de Brasília e São Paulo até 9 de janeiro de 2017, responde às mensagens enviadas pelo público através da internet ficando mais iluminada quando é utilizada certa hashtag. Por favor, não participe...

A instalação, produzida por Marcello Dantas, não é nada original e copia as colunas de luz criadas em Nova Iorque em 2010 para lembrar as vidas perdidas nos ataques ao World Trade Center. Aquele evento acabou se tornando uma tragédia ambiental, na qual estima-se que mais de 10 mil pássaros tenham sido afetados.

"Tribute in lights" em Nova Iorque para lembrar as vítimas do ataque ao World Trade Center. A instalação chegou a ser desligada ao perceberem que estava atraindo pássaros. Imagem de Dima Gravrysh, obtida em matéria da ABC.


Várias espécies de pássaros migram durante a noite, orientadas pelas constelações e a luz da Lua. No entanto, os pássaros são confundidos pela iluminação dos prédios e acabam por colidir com eles. Estima-se que, apenas na America do Norte, 100 milhões de pássaros são mortos todos os anos em colisões com prédios. Imagine então o que acontece quando eles se deparam com colunas de luz de 5 km de altura!

Amostra de pássaros mortos em colisões com prédios. Imagem de Kenneth Herdy, da organização canadense Fatal Light Awareness Program (FLAP). 


No caso da homenagem nos EUA, as pessoas começaram a perceber "traços brancos" inesperados nos feixes de luz. Descobriram se tratar de pássaros que, confusos, rodopiavam até caírem exaustos. Na imagem abaixo e à esquerda, é possível ver os pássaros no feixe de luz do "Tribute in lights". A imagem à direita foi obtida no totem de divulgação da campanha do Banco do Brasil no seu centro cultural do Rio de Janeiro (CCBB). Note a presença dos mesmos "traços brancos". Ou seja, a "árvore de luz" do Banco do Brasil, além de produzir poluição luminosa com todos os impactos  nocivos amplamente discutidos neste blog, é uma armadilha mortal para passarinhos.


À esquerda: feixe de luzes do "Tribute in lights" em Nova Iorque (imagem: Jay Smooth, na página da FLAP). À direita, "árvore de luz" sobre o edifício do Banco do Brasil em Brasília. Nos dois casos, os "traços brancos" são pássaros confundidos pela presença das luzes.


Enfim, a última esperança é que as pessoas se recusem a participar da campanha e, idealmente, que reajam com o devido assombro contra este premeditado e supérfluo desastre ambiental financiado com o dinheiro público.


"Árvore de luz" no interior do Centro Cultural do Banco do Brasil no Rio de Janeiro. Em ambiente fechado, suficientemente bonita e sem maiores impactos ambientais. Não seria o suficiente para marcar o final do ano?


Depois do "encerramento perfeito" para 2016 promovido pelo Banco do Brasil, desejo que 2017 seja um ano iluminado - com racionalidade e sem produção de poluição luminosa - para todos nós.


Para saber mais:



segunda-feira, 9 de maio de 2016

Duas histórias em vídeo para ajudar a divulgar o problema da poluição luminosa


A poluição luminosa afeta negativamente diversos aspectos de nossas vidas. É preciso conscientizar as pessoas a respeito, inclusive porque este tipo de poluição pode ser até reversível, caso boas práticas no uso da iluminação artificial sejam adotadas. Isso é o que este blog e organizações diversas tentam divulgar a fim de conquistar a adesão da população.

E se tem algo que funciona para conquistar a empatia do público, é contar uma boa história! Os dois vídeos abaixo, muito bem produzidos, seguem esta linha.

"O dia que as luzes se apagaram" (The day the lights went out) foi criado para divulgar um concurso de imagens do céu noturno promovido em 2014, nos Estados Unidos. Conta de modo poético a história de um pintor que alcançou o sucesso pintando o céu noturno mas, com o aumento da poluição luminosa, perde a inspiração e a fama. Até que ele mesmo provoca acidentalmente um blackout e se reencontra com a visão das estrelas! Veja o filme abaixo. Está em inglês, mas é possível colocar legendas traduzidas para o português.




Já a animação "O terrível poluidor de iluminação" (triste tentativa de traduzir para português o título original em espanhol: El terrible contaminador lumínico) foi produzida pelo Instituto de Astrofísica de Andalucia (IAA). Fala de uma comunidade habituada a conviver à luz das estrelas. Até que uma pessoa estranha chega ao local dizendo que a escuridão era perigosa e que ela não deveria ocupar quase metade do dia! Luzes artificiais foram então instaladas de modo a matar a noite e a visão das estrelas. Algum tempo depois, a comunidade vivia entristecida e sem lembrar da existência das estrelas. Aqueles que não conheceram o céu noturno, intuíam que algo muito precioso estava sendo perdido.

E não é assim com as últimas gerações, que crescem nas zonas urbanas sem ter oportunidade de ver a Via Láctea a olho nu? Veja o vídeo abaixo, com narração em espanhol e possibilidade de colocar legendas automaticamente (mal) traduzidas em português.







domingo, 13 de março de 2016

Iluminação noturna baseada em bactérias bioluminescentes? É o que propõe uma empresa francesa


A bioluminescência é o fenômeno de produção de luz por seres vivos, resultante de reações químicas. O exemplo mais conhecido é, certamente, a luz emitida pelos vaga-lumes. Mas a bioluminescência ocorre em muitos outros organismos, tais como algas, moluscos, peixes e crustáceos.

Uma starup francesa, a Glowee, está propondo a utilização de bactérias bioluminescentes como fonte de iluminação noturna. A vantagem seria o consumo nulo de energia elétrica e a não geração de poluição luminosa, segundo a visão do grupo de jovens empreendedores. A ideia da tecnologia proposta pela Glowee nasceu em um concurso universitário e seu desenvolvimento inicial foi possível graças a uma ação de financiamento coletivo.

A Glowee cultiva as bactérias bioluminescentes Aliivibrio fischeri, extraídas de lulas, em um suporte transparente que pode ser criado em qualquer formato. No interior do suporte é inserido um gel com nutrientes para a manutenção da vida daquelas bactérias. A iluminação só é percebida durante a noite (ou no escuro, claro), com o suporte permanecendo transparente durante o dia. É o que ilustra a figura abaixo.

Durante o dia, o produto criado pela Glowee permanece transparente. Durante a noite, observa-se a luz produzida pelas bactérias. Captura de tela de um dos vídeos de divulgação do projeto (assista no final deste post).


O maior problema da nova tecnologia, do ponto de vista de sua viabilidade comercial, é o tempo de vida. O primeiro produto oferecido pela companhia é uma fonte de luz que dura três dias. Pesquisas estão sendo realizadas para aumentar a duração da fonte de luz. Até 2017, a expectativa é que a o produto forneça luz ao menos por um mês, o que o tornaria competitivo para a iluminação de vitrines nas lojas de rua, por exemplo. As bactérias estariam sendo geneticamente modificadas para aumentar o seu brilho e a sobrevivência em caso de maiores variações de temperatura.

Um dos incentivos para investir nesta nova tecnologia de iluminação é a legislação em vigor desde 2013 na França, que limita o uso da luz artificial durante a noite, exigindo que vitrines e prédios comerciais de maneira geral desliguem suas luzes externas a partir da 1:00 h da madrugada para economizar energia elétrica e diminuir a poluição luminosa. O produto da Glowee seria uma maneira de burlar a lei. Mas, por qual razão, se a legislação francesa estabelece o óbvio: luzes desligadas quando e onde não há circulação de pessoas?

Concepção artística das possibilidades de utilização da nova tecnologia. A luz bioluminescente seria usada para sinalização pública, iluminação de propagandas, vitrines e decoração de prédios. Imagens de divulgação, obtidas na página da Glowee.


A nova tecnologia serviria como opção sustentável para manter as cidades seguras e sustentáveis ou só seria uma maneira para continuar utilizando a luz inutilmente? Mesmo sem gastar energia elétrica, a fonte de luz continuaria impactando no ciclo circadiano humano, dos insetos, das aves, das plantas... Para manipular qualquer forma de vida e condicioná-la a viver fora daquele que seria o seu ciclo natural, tal como esta sendo feito com as bactérias bioluminescentes, é preciso uma necessidade real. Não deveria bastar o capricho humano... Os próximos anos saberemos se há, de fato, um nicho de mercado para esta nova forma de iluminar.

A utilização de sensores de presença para acionamento de luzes, o investimento em desenvolver matrizes energéticas variadas e sustentáveis, a utilização de filtros em lâmpadas LED, ou a criação destas lâmpadas simulando o rendimento de cor das lâmpadas de vapor de sódio: estes parecem ser caminhos mais razoáveis para criar um sistema de iluminação racionalizado, que minimize a poluição luminosa e os impactos da luz artificial no meio ambiente.

Assista abaixo aos vídeos de apresentação da Glowee (o primeiro em inglês; o segundo em francês, com legendas em inglês).





Update em 25/03/2016: A bioluminescência tem papel fundamental no equilíbrio dos ecossistemas e esta é uma das razões pela qual pode ser questionável manipular bactérias para que elas produzam luz visando satisfazer nosso anseio por iluminação decorativa.  Os vaga-lumes, por exemplo, possuem toda uma rede de comunicação entre si baseada no padrão de suas luzes. O vídeo abaixo, produzido por Harun Mehmedinović, traz um belo exemplo. Ele mostra o registro das luzes sincronizadas durante a temporada de reprodução da espécie Photinus carolinus, que ocorre entre maio e junho no Hemisfério Norte. As imagens foram feitas em Elkmont, cidade abandonada no território do Parque Nacional Great Smoky Mountains, nos Estados Unidos.




Fontes:

domingo, 6 de março de 2016

Começou a campanha "Globe at Night" de 2016, participe!


O Globe at Night é um projeto de ciência cidadã que conta com a contribuição da população para estimar os impactos da iluminação artificial em todo o planeta. Para cada época do ano e cada Hemisfério (Sul ou Norte), uma constelação de fácil identificação é escolhida como referência. É muito simples participar: basta contar quantas estrelas você consegue observar naquela dada área do céu e registrar suas observações no formulário próprio. São oferecidas instruções em 28 idiomas, inclusive em português. Explicações detalhadas de como executar as observações e preencher o formulário podem ser encontradas neste post.

As duas primeiras campanhas de 2016 foram realizadas entre 1 e 10 de janeiro e fevereiro. O fato é que em boa parte do Brasil, devido às chuvas de verão, é mesmo difícil termos noites de céu aberto especialmente entre novembro e fevereiro... Com o início do tempo seco, teremos mais oportunidades de participar! Vamos às datas e constelações das próximas observações para a campanha 2016:

  • Cruzeiro do Sul - 1o a 10 de março; 30 de março a 8 de abril; 29 de abril a 8 de maio; 29 de maio a 7 de junho;
  • Escorpião - 27 de junho a 6 de julho;
  • Sagitário - 28 de julho a 6 de agosto; 25 de agosto a 2 de setembro;
  • Grou - 21 a 31 de outubro; 20 a 30 de novembro;
  • Órion - 20 a 30 de dezembro.

Lembrando que as observações devem ser feitas sempre entre 20 e 22:00 h!

Atenção às datas de observação para a campanha Globe at Night 2016! Imagem obtida da página do projeto.

Resultados da campanha 2015, incluindo 23 mil observações obtidas por pessoas de 103 países. Note como participamos pouco no Brasil e ajude a mudar esta situação! Imagem obtida da página do projeto.


Esta mobilização mundial para acompanhamento a longo prazo das alterações no meio ambiente causadas pela poluição luminosa é essencial. Particularmente neste momento crítico, em que muitas cidades estão adotando a iluminação LED que, apesar de extremamente econômica do ponto de vista do consumo energético e manutenção, possui um rendimento de cor que pode trazer severas consequências negativas para a vida no planeta.

As medidas realizadas através dos aplicativos para celular Dark Sky Meter (iOS) e Loss of the Night (Android e iOS) também são incluídas na base de dados do Globe at Night. Aproveite e use o seu celular para ajudar a monitorar a poluição luminosa em todo o planeta!

Você pode acompanhar a evolução das observações através do mapa interativo, disponível neste link.


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

"A cidade mais iluminada do mundo"


O título desta postagem também é também a frase utilizada nos mecanismos de busca que mais direciona novos leitores a este pretensioso blog. Em particular, a busca tem levado ao post sobre o trabalho da fotógrafa Christina Seely, que registrou cenários noturnos nas 45 cidades mais brilhantes do planeta, selecionadas através de imagens da Terra obtidas do espaço.

Mas o leitor quer saber: dentre todas, qual é considerada a "cidade mais iluminada do mundo"? A resposta para a pergunta é: Hong Kong, na China. E, claro, ser a mais iluminada significa também ser aquela mais contaminada pela poluição luminosa.

Vista noturna de Hong Kong, considerada a cidade com maior poluição luminosa do planeta. Imagem retirada da Wikipedia e de autoria de Base64 (Own work, CC BY-SA 3.0)

Existia resistência em se discutir a questão e ela começou a ser vencida a partir de 2008, quando uma série de pesquisas indicaram, por exemplo, que o céu em Hong Kong chega a ser mil vezes mais brilhante do que em locais com o céu preservado da poluição luminosa. A situação é dramática não apenas nas áreas comerciais: as regiões mais periféricas também apresentam brilho do céu extremamente alterado em relação ao que seria o ambiente natural. Como é sempre discutido neste blog, além de nos afastar da visão das estrelas, a poluição luminosa tem severos impactos sobre o meio ambiente, a economia e a saúde humana. Por isso a situação drástica de Hong Kong precisa ser controlada e a cidade ainda não tem nenhuma legislação para isso. O mais preocupante é que ela não a terá tão cedo...

Em 2011, o governo criou uma força-tarefa para propor soluções de controle da poluição luminosa que levassem em conta a viabilidade para o comércio, a segurança, a percepção dos moradores e o impacto no turismo. Por sua vez, esta equipe realizou pesquisas junto à população e promoveu sessões de consultas públicas. Em 2015, na impossibilidade de chegar a um consenso, foi sugerido um esquema de voluntariado. Assim, a partir de uma série de orientações para boas práticas em iluminação externa, espera-se que a adesão ao combate à poluição luminosa seja feita de modo espontâneo por instituições privadas e públicas. A solução apontada obviamente desaponta pesquisadores e ativistas ambientais, porém as pesquisas de opinião e consultas públicas parecem ter indicado um ambiente desfavorável para a implantação de ações mais efetivas, prevendo punição para os excessos. Principalmente os comerciantes resistem à ideia de limitar a iluminação de suas fachadas e prédios, temendo descaracterizar o que seria um dos principais atrativos turísticos da cidade: justamente o ambiente externo ultra iluminado.


Charge ironizando o trabalho da força tarefa criada para buscar soluções para a poluição luminosa em Hong Kong que, não tendo sucesso em apresentar soluções que acolhessem a todos os interesses, propôs que a adesão ao combate à poluição luminosa seja voluntário. Charge de Harry Harrison (Harry’s View).


A força-tarefa não excluiu a possibilidade de que leis para o controle da poluição luminosa sejam criadas no futuro, mas por pelo menos dois anos a partir de 2015 o foco deve ser no incentivo para a adesão espontânea ao uso racional da luz. A posição conservadora vai na contramão do que vem acontecendo em outros países e cidades, cada vez mais preocupados em criar ferramentas legais que ajudem a combater os problemas causados pela poluição luminosa. Assim, a perspectiva é que Hong Kong permaneça sendo por muito tempo "a cidade mais iluminada do mundo".

As pesquisas sobre a poluição luminosa na região são crescentes e, em particular, existe uma rede de monitoramento do brilho do céu em Hong Kong, cuja página disponibiliza o monitoramento em tempo real, além de informações para a conscientização sobre poluição luminosa e seus diversos malefícios.

Surpreendentemente, o local de pior iluminação em toda Hong Kong é o museu de astronomia e ciências espaciais! Como pode ser visto na imagem reproduzida acima, a área do museu é 1200 vezes mais brilhante do que deveria!


Referências e informações adicionais:



Página de notícias sobre Poluição Luminosa (PL), mantida pela astrofísica Tânia Dominici.

Pesquisar no blog

Pesquisar este blog

Translate

Translate


Arquivo do Blog
Marcadores

Marcadores

Alemanha (1) Aneel (1) animação (2) Ano Internacional da Luz (17) aplicativos (3) astrofotografia (11) astronomia (2) Banco do Brasil (1) Ben Canales (1) bioluminescência (1) Brasília (1) Brazópolis (2) Calgary (1) Canadá (2) câncer (1) Chile (1) China (1) Christina Seely (3) ciência cidadã (7) Cingapura (1) Cosmic Light (7) Dark Sky Meter (3) David Oliver Lennon (1) Declaração de La Palma (1) Deutsche Welle (1) diabetes (1) Doha (1) emissão de carbono (1) EUA (3) Evitando gerar Poluição Luminosa (3) f.lux (1) França (3) Futurando (1) gif animado (1) Globe at Night (9) Glowee (1) Hillarys (1) Hong Kong (1) Hora do Planeta (2) IAU (3) Ibram (1) ICOMOS (2) IDA (5) IDSW (2) Ilha Grande (1) Ilhas Canárias (1) iluminação pública (8) impactos ambientais (12) impactos econômicos (9) impactos sociais (9) Itajubá (3) IYL2015 (15) José Cipolla Neto (1) LED (5) legislação (9) Londres (3) Los Angeles (1) Loss of the Night (3) Luz Cósmica (6) Mariana Figueiro (1) Mark Gee (1) MAST (2) Mauna Kea (1) melatonina (1) monitoramento (10) Mont-Mégantic (1) NASA (1) Natal (2) Nicholas Buer (1) Nova Iorque (2) novas tecnologias (1) Nunca vi 1 Cientista (1) obesidade (1) Olivia Huynh (1) OPD (14) orientações (5) Oriente Médio (1) pássaros (1) patrimônio astronômico (3) pint of science (1) poluição luminosa (53) Portugal (1) Pouso Alegre (1) Prêmio Nobel (1) projeto Tamar (1) Público (1) Raul Lima (1) Reino Unido (1) Rio de Janeiro (4) Rio+20 (1) Rothney Astrophysical Observatory (1) Santa Rita do Sapucaí (1) São Paulo (2) saúde humana (2) SciShow (1) semana de museus (1) simulação (2) SNCT2015 (2) SQM-L (2) Sriram Murali (1) tartarugas marinhas (1) Telluride (1) Thierry Cohen (4) UAI (3) UNESCO (2) Via Saber (1) vídeo (1) VIIRS (2) What you can do (1) WWF (1) Zijinsham Observatory (1)
Número de visitantes

Total de visualizações de página