sábado, 21 de abril de 2018
Estamos na Semana Internacional dos Céus Escuros 2018! Conheça um pouco do meu trabalho na área #IDSW2018
Estamos encerrando a Semana Internacional dos Céus Escuros 2018 (International Dark Sky Week, IDSW2018). Esta é uma iniciativa iniciada em 2003 por uma estudante norte americana, Jennifer Barlow.
O objetivo é chamar a atenção para os problemas causados pela poluição luminosa e promover iniciativas simples para minimizá-la. A International Dark Sky Association criou uma página com recursos de sensibilização que podem ser utilizados durante estes dias. Também é possível acompanhar a campanha nas redes sociais, seguindo a hashtag #IDSW2018. O tema deste ano é "Acenda a noite" (Turn on the night).
O blog anda parado, mas não as atividades... Aproveito a IDSW2018 para disponibilizar aqui os artigos que publicamos recentemente sobre poluição luminosa.
- Utilizando conceitos de patrimônio como uma estratégia de proteção do direito à luz das estrelas, por Tania Pereira Dominici e Marcio Ferreira Rangel (MAST), publicado na revista Museologia e Patrimônio.
Neste trabalho, mostramos como a observação do céu noturno sempre teve importância vital para o desenvolvimento da Humanidade, seja do ponto de vista científico, filosófico ou como inspiração artística. No entanto, a visão das estrelas está em risco: o descontrole no uso da iluminação artificial, provocando a poluição luminosa, tem feito com que boa parte da população mundial fique impossibilitada de apreciar um céu estrelado. Deste modo, também se limita a capacidade de compreender a ciência, o processo de construção do conhecimento e as obras culturais inspiradas pela visão do firmamento. A luz artificial inadequadamente utilizada também altera o ciclo natural de vida das plantas e animais, lesando o patrimônio natural. Analisamos os instrumentos legais e certificações existentes para assegurar a proteção da qualidade do céu e de sua visão enquanto parte integrante do patrimônio humano, natural ou cultural. Pretende-se demonstrar que, ainda que o céu noturno não esteja por si só formalmente reconhecido em diversas instâncias oficiais enquanto patrimônio, ele já deveria estar sendo resguardado por fazer parte de sítios e saberes registrados, tombados ou candidatos a procedimentos de conservação e proteção no contexto internacional ou nacional.
Tendo em vista a dificuldade para a articulação de legislações ou regulamentações de controle da iluminação artificial junto ao poder público, a abordagem referente à proteção do patrimônio - natural e/ou cultural, tangível ou intangível, que remete à presença da luz das estrelas - fortalece a demanda, uma vez que pode vir a obrigar a ações urgentes para preservar o nosso acesso à observação do Universo. Como exemplo, ressaltamos a pertinência de procurar proteger dois locais no território brasileiro potencializados pela possibilidade da observação do céu noturno: o Saco do Céu (Ilha Grande, RJ) e o Observatório do Pico dos Dias (Brazópolis, MG).
- Uma discussão sobre os mecanismos de proteção do patrimônio em relação aos efeitos nocivos da poluição luminosa, por Tania Pereira Dominici e Marcio Ferreira Rangel (MAST), publicado nos Anais do Simpósio Científico 2017 - ICOMOS Brasil.
Como sempre, estamos disponíveis para esclarecer quaisquer dúvidas e para discussões. Boa leitura e bom final de IDSW2018!
Marcadores:IAU,ICOMOS,IDA,IDSW,MAST,OPD,patrimônio astronômico,poluição luminosa,UAI,UNESCO | 0
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Página de notícias sobre Poluição Luminosa (PL), mantida pela astrofísica Tânia Dominici.
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